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Tela do espanhol Pablo Picasso |
Desnudo minh’alma
devagar, peça a peça
Ninguém sequer nota
Meu escudo é o trauma
de ter vida destra
e alma canhota
Nem tudo me acalma
Se não há quem impeça
Apontem-me a rota
Iludo a palma
da mão que tem pressa
e a outra boicota
Ao espelho sem pose
Sou somente reflexo
de uma imagem reversa
Se a lente der close
Verá quão complexo
é o ser que dispersa
Sob várias camadas
Abaixo da superfície
Esconde-se o magma
Expectativas domadas
Um vulcão na planície
Onde o ser não estagna
Composto por Hermes C. Fernandes na madrugada de 23/01/2014