Quantcast
Channel: Hermes C. Fernandes
Viewing all articles
Browse latest Browse all 1313

Minha filha foi cheia do Espírito Santo em plena ala de isolamento do hospital

$
0
0


Por Hermes C. Fernandes

Na terça-feira, dia 12 de Maio, nossa filha Rayane foi internada. Em seus 24 aninhos, mesmo sendo uma criança especial, foi a primeira vez que precisou ser hospitalizada. Confesso que ficamos assustados diante da decisão tomada pelos médicos de confiná-la numa ala de isolamento. A justificativa era que aquilo que a acometia era contagioso. O vírus conhecido como Herpes Zoster é o mesmo da catapora, porém, costuma se manifestar em pessoas acima dos cinquenta anos. Um caso como o da Rayane é relativamente raro, sendo, geralmente, atribuído ao estresse.

Nossa preocupação era como ela reagiria às medicações intravenosas e coletas de sangue. Todas as vezes que tentamos fazer exames de sangue com ela fracassamos. Ela, simplesmente, se recusava a deixar que a furassem. Nem mesmo quatro ou cinco pessoas davam conta de segurá-la. Quando um casal de enfermeiros entrou no quarto para o procedimento, eu preferi sair. Recusava-me a assistir à minha filha sofrendo. Enquanto aguardava no corredor, chorei. Imaginei como deve ter sido para Deus, o Pai, assistir ao sofrimento de Seu Unigênito na cruz.

Só voltei ao quarto, quando vi a enfermeira saindo com aquele olhar de vitória após uma árdua luta. Minha esposa foi bem mais corajosa que eu. Manteve-se ao lado de nossa filha o tempo inteiro.

Os remédios que lhe foram aplicados inicialmente tinham o objetivo de dopá-la para facilitar a coleta do sangue. Mas pareciam não fazer o efeito esperado. Ela se recusava a se entregar. De repente, algo inusitado aconteceu: Rayane começou a cantar espontaneamente. Não era uma melodia familiar como a que geralmente ela costuma balbuciar (nossa filha não fala perfeitamente). Ela se sentou no leito, e movia os braços como se regesse um coral. Minha reação imediata foi achar que ela estivesse delirando. Somente no dia seguinte, de cima do púlpito de onde tentava pregar, tive o discernimento de que Rayane fora cheia do Espírito Santo e de que aquela canção era, na verdade, o que Paulo chama de hino espiritual em Efésios 3. O fato é que a partir desta experiência, Rayane mudou completamente seu comportamento. Foi incrível vê-la tirar sangue várias vezes, desde então, sem esboçar qualquer reação adversa.

Na noite de quarta, tive que conduzir o culto de nossa igreja. Como foi difícil subir ao púlpito para pregar. Cada louvor me fazia embargar a voz e chorar. Ficava imaginando Rayane no culto, com as mãos levantadas, adorando ao Senhor como sempre faz.

Logo em sua primeira noite de internação, ouvimos dos lábios de uma médica que a situação dela era delicada. Uma bactéria aproveitou-se das lesões provocadas pelo vírus e se estabeleceu em sua mão direita, provocando bolhas enormes na palma das mãos, nos dedos e entre os dedos. Dois de seus dedos estavam pretos com sangue pisado. A médica nos disse que as bolhas estavam impedindo a circulação do sangue e que isso poderia, eventualmente, impor a necessidade de amputar as pontas dos dedos. Saí de lá desolado. Mas nunca vi minha esposa com tamanha fé. Assim que a médica deixou o quarto, ela disse: Nem uma unha da minha filha se perderá!

Na noite anterior à aparição das lesões, tive um sonho em que estávamos num restaurante e eu segurava a Rayane no colo diante de uma janela, mas suas pernas ficavam descobertas e do lado de fora tomando chuva. Portanto, uma parte dela estava protegida, a outra não. Pois é justamente isso que acontece quando se é vítima do tal vírus Herpes Zoster. Ele afeta apenas um lado do corpo. No caso dela, o braço direito.

Senti vontade de ungi-la, mas por alguma razão, não o fiz. Até que recebi uma mensagem da pastora Sara Catarino, uma irmã muito querida de Portugal, perguntando-me se já a havia ungido de acordo com Tiago 5. Resolvi, então, ungi-la na noite de quarta.

Além de ungi-la, ministrei uma santa ceia com minha esposa e filhos no quarto do hospital. A presença de Deus era nítida em nosso meio. Enquanto cultuávamos ao Senhor, Rayane chorava.

No outro dia pela manhã, quando liguei para saber como ela estava, minha esposa contou que ele teria tido uma noite tranquila e que as feridas no braço haviam se secado. Que vitória o Senhor nos havia concedido!

Hoje é o quarto dia desde que Rayane foi internada. Os médicos ainda não decidiram que procedimento tomar. Uns acham que devem submetê-la à drenagem das bolhas. Outros acham que isso é arriscado, pois as bactérias poderiam se espalhar. A decisão vai depender do resultado de um exame cujo resultado sai hoje. Também estamos esperando a visita de um infectologista. Peço a todos os meus amigos que continuem a orar pela minha filhinha. Ontem mesmo, eu dizia à enfermeira do turno da noite que há uma corrente de oração reunindo amigos em vários países do mundo. Tem gente orando por Rayane na América Latina, nos Estados Unidos, na Europa e até no Japão.

Estamos confiantes! Em breve ela estará novamente conosco nos cultos, contagiando a todos com sua alegria e amor. Afinal, aquele que começou a boa obra em nós é fiel para completá-la.

Orem também por mim, por minha esposa e filhos para que o Senhor continue a nos fortalecer. Tem sido realmente difícil para nós. Porém, temos a certeza de que isso resultará em glória para o nosso Deus, alegria para nós e esperança para muitos.

Abaixo, segue o vídeo em que conto como Deus me revelou a Sua graça através de minha filha desenganada pelos médicos. Se não assistiu ainda, aproveite para assistir.

 

Viewing all articles
Browse latest Browse all 1313