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Xuxa chora depois de ser hostilizada por pastor em pleno congresso nacional

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Por Hermes C. Fernandes

A apresentadora Xuxa Meneghel foi hostilizada e constrangida por um pastor membro da bancada evangélica no congresso nacional durante a sessão em que se discutia a chamada Lei da Palmada. O deputado Pastor Eurico, do PSB de Pernambuco, acusou-a de protagonizar a “maior violência contra crianças em um filme pornô”. A reação de Xuxa foi inusitada e imediata: fez um coração com as mãos para o deputado. A atitude grosseira rendeu o afastamento do deputado da Comissão de Constituição e Justiça. 
Ao receber pedido de desculpa do deputado mineiro Júlio Delgado enquanto caminhava rumo ao elevador, Xuxa não se conteve e começou a chorar. Recompondo-se, respondeu: - Olha, a minha mãe é evangélica, outras pessoas na minhas família são evangélicas. Eu sei que isso não é uma coisa dos evangélicos, mas, individual, só daquela pessoa.
Xuxa estava ao lado da ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, quando o parlamentar evangélico tomou a palavra e disse que sua presença naquela sessão era "um desrespeito às famílias do Brasil". E que "a conhecida Rainha dos Baixinhos, que no ano de 82 provocou a maior violência contra as crianças", referindo-se ao filme "Amor estranho amor", em que Xuxa aparece numa cena de sexo com um adolescente de doze anos.
A declaração do Pastor Eurico gerou repúdio entre os deputados presentes, mesmo daqueles que questionavam o projeto, mas que classificaram a fala de "violência inaceitável". 
Por conta do episódio, a sessão que já estava conturbada, teve que ser finalizada sem que o projeto fosse votado. 
O deputado perdeu uma grande oportunidade de demonstrar civilidade e caráter cristão. O gesto de Xuxa, por sua vez, demonstrou domínio próprio e serenidade, características que deveriam estar presentes naqueles que se intitulam seguidores de Jesus. Talvez, se fosse outra pessoa, lhe desse o dedo do meio ao invés de lhe fazer um coração com as mãos. 
Pelo jeito, o diabo já pode pensar em aposentar-se. O que não falta é quem almeje assumir seu posto como acusador. Será que em momento algum o ilustre deputado não considerou que a Xuxa pode muito bem ter se arrependido de participado daquele filme? Como podemos pregar o perdão e o amor se nem ao menos nos dispomos a esquecer dos erros alheios? Já não basta estarmos tão desgastados juntos à opinião pública por nossos posicionamentos anacrônicos? 
Parabéns, Xuxa, pela idoneidade demonstrada em seu gesto. Perdoe-nos por não sermos capazes de perdoar. 


P.S.: Li entre os comentários que fizeram a este post no facebook que o passado de Xuxa não a classificaria para defender as crianças contra a pedofilia e a violência. E será que o passado do apóstolo Paulo o classificava para defender o evangelho de Cristo?

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